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Dizem que shopping é a praia do paulista. Obviamente os que dizem não conhecem o Ibirapuera. Basta dar um solzinho para o parque ser invadido por bolas, cachorros, piqueniques e zilhões de pessoas brincando, jogando, correndo, caminhando ou preguiçando embaixo de uma árvore. Hoje, além do sol, outro motivo carregou o povo para o parque: o Ibirapuera completou 56 anos.

Para comemorar, fui resgatar meu passeio preferido pelo Ibirapuera. Como parte de um exercício de meditação, eu e um grupo entramos no parque para observar o que nos chamasse a atenção, sem distrações dos cenários oferecidos com conversas, música ou malhações. Gostei tanto do que vi que comecei a registrar tudo na minha câmera ruinzinha do celular. Ainda bem que o modelo ajudou. Bom, com vocês, um pouquinho da melhor praia da capital paulista. Parabéns pro Ibirapuera!

O maior aventureiro gastronômico do mundo aventurou-se pelo Brasil, e veio parar em São Paulo. Segundo Tony Bourdain, autor de Cozinha Confidencial e apresentador de Sem Reservas, São Paulo é uma cidade tão feia e caótica que parece que Los Angeles vomitou em Nova York.  Mas tem seu charme, principalmente à mesa. Confira a visita do cara:

O Peixe Urbano é um dos sites que oferece descontos gigantescos

Muito da graça de São Paulo está em suas atrações. E muito do acesso a essas atrações envolve dinheiro. Por sorte, o famoso jeitinho brasileiro arrumou uma maneira de aproveitar tudo – de tratamentos de beleza a peças de teatro – gastando (bem) menos.

Sites como o Peixe Urbano e o Imperdível oferecem promoções exclusivas com curta duração que reduzem o valor de atividades das mais diversas em até 90%. Temakis de R$ 19 por R$ 4 e depilação a laser de R$870 por R$159 são alguns dos exemplos de barganhas.

Para aproveitar é só ficar de olho nos sites. O Zipme reúne vários deles na mesma página mas às vezes fica umas horinhas desatualizado, o que faz toda a diferença, já que as promoções tem hora marcada para acabar. Depois de conferir a oferta do dia é só sacar o cartão. Um número mínimo de compras precisa ser atingido para validar o desconto. Se atingir a quantidade determinada de compradores você recebe um email confirmando a compra e um voucher com código para aproveitar.

Simples e muito lucrativo. E aí, tá esperando o quê?

Nesse fim de semana finalmente, depois de muitas tentativas, consegui ir a um show de Jorge Drexler. A convite do namorado, o que foi ainda mais especial.

Apesar de estar bem cheio o show, é impressionante como Drexler é pouco conhecido por aqui, mesmo tento levado o Oscar por Al otro lado del rio, música tema do filme Diários de Motocicleta. O cantor ururguaio tem músicas incríveis (muito mais incríveis que Al otro lado del rio), é simpático e fez jus à toda minha expectativa. Cantou as novas do cd Amar la trama e as clássicas Guitarra y vos, Todo se transforma e Sea, acho que minha preferida. Convidou Marcelo Camelo ao palco e pediu muitas palmas pra sua banda, formada por tipos de todas as partes do mundo hispânico.

Num momento banquinho e violão, arricou sua versão meio portuñol de Sampa, do Caetano Veloso.  A música virou marca registrada dos shows por aqui e é uma homenagem bem bonitinha. Confira uma das vezes que o Drexler arriscou cruzar a Ipiranga e a São João:

A loja é bem moderninha (foto: Veja)

Na semana passada inaugurou aqui em São Paulo a Sample Central, uma loja voltada para teste de produtos. Uma loja de graça. As pessoas se cadastram, pagam uma taxa anual de R$ 15, marcam hora e, chegando lá, podem escolher para testar alguns produtos que vão de salgadinhos a creme antiidade.

A ideia é que os produtores tenham a opinião do consumidor em primeira mão (alguns produtos da loja não chegaram às prateleiras ainda). Ou seja, você testa umas coisinhas (tomei sorvete Garoto e cappuccino Dolce Gusto), conhece coisas novas (eletrônicos caros você só brinca lá mesmo, não leva pra mcasa…) e sai de lá com um monte de presentes, tipo maquiagem, shampoo, produtos de limpeza, bebidas, congelados…

Quando a gente ouve isso acha logo que vai ser um empurra-empurra e uma mulherada gritando e correndo pra pegar logo o melhor produto. Bem, eu pensava. Mas a loja é super organizada, clean,  tem um exemplar de cada produto para cada visitante (no máximo 70 por vez) e conta com atendentes prestativos e sorridentes de orelha à orelha. A escolha dos produtos também é bem organizada: os produtos são categorizados com cores e você ganha uma “colinha” que diz quantos de cada cor pode levar.

Negócio da China é pouco, e é assim pra todas as partes envolvidas. É bom pra quem põe o produto lá e fica sabendo se vai vender bem ou não, para que leva embora e para quem inventou essa, que ganha dinheiro das duas partes e deixa todo mundo contente.

Gostou? Vem comigo na próxima vez!

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O Léo Cabral é uma figura que mora em Vitória com esposa e filha. São Paulo é grande demais para ele:

“Dia 25 fui a São Paulo a trabalho. Fiquei num Hotel Gótico administrado por vampiros argentinos (ou romenos, o sotaque engana). Não fui atacado. O Hotel fica na esquina da Frei Caneca com a Peixoto Gomide e fica ao lado de um bar gay muito badalado. Em frente ao hotel havia um boteco podre de ruim com as paredes de um azulejo que só se encontra em banheiros da década de 70, onde valia a pena tomar uma cerveja. O evento (Intercon 2008) foi no Teatro Frei Caneca, que fica no Shopping Frei Caneca, na Frei Caneca (“Não tem erro”, alguém ainda me disse). Sentei do lado do cazé na sala de imprensa e ele é calmo; plácido, quase um frei (sem caneca). Fui quinta, de ônibus. 14h de viagem com uma parada em Campos (pra um pão de queijo com suco). Cheguei na rodoviária e como todo sudestino fui procurar um mapa do tipo “você está aqui; cansado e suado, seu bosta”. Peguei o metrô saí na Consolação e andei uns 1500m até o hotel. São Paulo não é lugar pra se viver. Pelo menos não pra mim. A organização beira o fascismo. A sistematicidade que vem necessariamente de uma cidade grande assusta. Mas no fim das contas as coisas funcionam, as calçadas estão limpas e as pessoas passando e esbarrando em você a mil por hora. No shopping, as pessoas passeavam com seus cães (lá dentro, sem problemas). As lojas masculinas vendiam roupas mais coloridas que o normal. Vai saber… O evento foi legal. Duas palestras acontecendo ao mesmo tempo no palco, você mudava o canal do rádio e assistia uma, enjoava e assistia a outra. Tirava o fone e silêncio total no auditório, risos espalhados, mais silêncio. Fim de evento. Vamos beber? Não, vamos arrumar tudo pra entregar o teatro. 2 da manhã. Vamos beber? Vamos? Ok. Vamos no boteco/banheiro da jovem guarda. Belê. Entra no taxi e sai do outro lado da cidade em outro boteco menos sinistro com cerveja a preço de mijo de Midas. Não sabia como voltar pro hotel, toca esperar a primeira leva. Vambora? Vamos? Pra onde que é? Putz! Deito pra dormir 5 e meia da manhã. Acordo, tomo banho, me visto. Vamos almoçar? Onde? É, onde? Ah! Vatomanucu! Vão me levar pra outro lugar que cobra caro. Tudo é caro… Almoço na churrascaria. Volta por hotel. Pega a mala e faz o caminho inverso pra rodoviária. 14h de viagem. Chegando segunda 11h. Chego em casa. Vejo a Mano, a Mari, me arrumo. Toca pro trabalho. São Paulo é grande demais pra mim”.

E adivinha aonde eu vou essa noite?

So if you’re lonely you know I’m here waiting for you
11:06 AM Mar 22nd via web

Find me and follow me through corridors, refectories and files
11:06 AM Mar 22nd via web
What’s wrong with a little destruction?
11:07 AM Mar 22nd via web

Well I’m bored, come on lets get high
11:07 AM Mar 22nd via web

So why don’t you meet me there?
11:08 AM Mar 22nd via web

Ela vem duas vezes por ano e sacode a cena gastronômica. E está se espalhando: começou em São Paulo e já invade Rio, Recife, Brasília e Vitória. As duas semanas da Restaurant Week – em que várias casas oferecem menus promocionais para almoço e jantar – ganham toda a atenção da imprensa e os orçamentos dos que gostam de comer e de uma boa promoção.
Mas nem tudo são flores nessa história. Com o destaque que a casa ganha por participar do evento vêm dezenas, às vezes centenas de clientes extras e novos. Muitos desses vão julgar o restaurante com base apenas nessa visita, que sempre conta com um grauzinho de tumulto. Por isso os donos dos estabelecimentos participantes fazem tudo para não perder qualidade na comida e no atendimento: contratam brigada extra para salão e cozinha, planejam um menu de execução relativamente simples e entram em operação de guerra a partir do primeiro dia da RW. A tarefa não é fácil.
“Como trazemos muita gente nova para o evento, não dá pra tirar o olho da equipe. É diferente de trabalhar com uma brigada já treinada, que conhece a rotina”, conta a chef do Boa Bistrô, Tatiana Szeles, a moça do quiabo tatuado no braço. Diz ela que durante essas duas semanas mal sai do restaurante para garantir que todo mundo está fazendo sua parte direitinho.
Para Gustavo Rodrigues, o cara das carnes e dos peixes no D’Olivino, organização é a chave. “Extras nas praças mais usadas é bom, mas o segredo é o mise-en-place, deixar tudo pronto. Não dá pra cortar tomate e assar bruschetta ao mesmo tempo”, diz. Gustavo ressalta ainda a importância de se ter toda a louça lavada e arrumada em lugares pré-determinados, para agilizar.
Já Talitha Ferreira, que já enfrentou RW no Cordel e agora revive a experiência no Brasil a Gosto, o complicado é conciliar a produção em grande quantidade que o evento exige com a rotina já puxada do dia a dia. “O cardápio do evento é só uma opção, entre tantos outros itens do menu original dos restaurantes”, explica.
Surpreendentemente, nem todo mundo se descabela. O super chef Juarez Campos participa da primeira versão do RW Vitória, que acontece junto com a versão paulista. Suas duas casas – Oriundi e Brasiliano – servem o menu especial no almoço. E, segundo ele, tudo está relativamente tranquilo. “Com 17 anos de restaurante aprendi a não me aborrecer com esses problemas naturais com a casa cheia, e tenho movimento assim todo almoço de domingo”, diz.
Com a correria, como fica o cliente? “Com movimento muito grande há um pouco de demora nos pratos e uma queda natural na qualidade do atendimento. Mas quem vai a restaurante na hora do pique, Dia das Mães, Dia dos Namoradose e em eventos desse porte gosta é de sofrer mesmo”, brinca Juarez.
Apesar da trabalheira, toda essa gente continua achando que vale a pena entrar na onda do RW. É estratégia para fisgar novos clientes e teste valioso para chef e brigada. Uma chance de provar que a casa dá conta do recado. “É muito gratificante saber que, se a cozinha consegue se organizar com antecedência, o padrão e a qualidade são mantidos, mesmo servindo um número muito maior de pessoas por dia”, diz Talitha.

Também no Apetite.

Janeiro é um mês lindo em São Paulo. Claro que tá chovendo demais, e faz calor demais, mas tem gente de menos finalmente (ok, não tem gente de menos, tem o que deveria ter, mas não vamos começar a década reclamando…). Bem melhor pegar ônibus com lugar pra sentar, diminuir o trajeto casa-trabalho em 40 minutos e conseguir sentar no restaurante sem esperar!

Em janeiro São Paulo também faz aniversário. Dia 25, 456 anos.
E, em janeiro eu faço um ano de São Paulo. Gente, um ano. Cheguei no dia 16 de janeiro passado, e parece ao mesmo tempo que foi ontem e há vinte anos.
Janeiro fica eleito oficialmente o mês de São Paulo no meu calendário interno. Então antes de ficar sentimental e sair comendo em cantinas, traçando o sanduíche de mortadela do mercadão e o de pernil do Estadão, vou traçar uma meta: até o fim do mês comemoro a ocasião em um lugar bacana. A questão é qual. Será que o Fasano divide em 10 vezes sem juros?

Também no Apetite

Outro dia fui ao Pie in the Sky. Trata-se de uma casa de tortas inglesas, feitas por um inglês, Richard Preen, e sua esposa brasileira e gravidíssima Ana Claudia Laforga. Nas últimas semanas, o lugar ganhou todas as páginas de suplementos de gastronomia, o que indica excelente receita ou excelente assessoria de imprensa, das duas, uma.
Como a Inglaterra não é nada famosa por sua gastronomia, apesar de seus chefs-celebridade, eu andava desconfiando que tinha um colega jornalista fazendo o dever de casa, e só. Mas fui conferir.
Pra começar, a casa coloca o cardápio completo no site, com preço e tudo, o que é uma maravilha. Você vai bem avisadinho do quando vai gastar. E já pode ir pensando nas opções, ideal para indecisos.
Comecei por uma Steak & Stout, torta recheada de carne cozida na cerveja preta, e terminei com a Death by Chocolate, com massa de canela e recheio preto feito alfalto, forte feito café, bom feito uma torta de chocolate cheia de chocolate.
Saí passando mal de tanto comer, com uma conta extremamente razoável e muita vontade de dar meia volta e provar o crumble de ruibarbo, que andava em falta. Em breve…

Também no Apetite